O que se sabe da brasileira que caiu em vulcão na Indonésia

As operações são dificultadas pelo mau tempo e informações desencontradas, enquanto a família critica a lentidão do resgate. Foto: Pond5 Images/IMAGO/via DW

Nesta segunda-feira (23), equipes de resgate na Indonésia encerraram o terceiro dia de buscas pela turista brasileira Juliana Marins, de 26 anos, sem sucesso. Juliana desapareceu no sábado anterior (20) após cair de um penhasco enquanto fazia uma trilha no vulcão Monte Rinjani.

Detalhes do acidente e buscas

Segundo informações da família divulgadas pela DW, Juliana foi avistada pela segunda vez em dois dias, mas as operações de resgate foram novamente interrompidas devido ao mau tempo, por volta das 16h locais (6h em Brasília).

A publicitária sofreu uma queda de aproximadamente 300 metros e, desde então, está sem água, comida ou roupas adequadas para o frio.

O Itamaraty informou que dois funcionários da embaixada brasileira estão acompanhando o resgate, e o Brasil solicitou reforço nos esforços de busca ao governo indonésio. A operação conta com o auxílio de um drone térmico, que, por sua sensibilidade ao calor, pode auxiliar na localização de pessoas em condições de baixa visibilidade.

A trajetória de Juliana e primeiras tentativas de resgate

Juliana realizava a trilha com o suporte de uma agência de turismo, integrando um grupo com outros cinco turistas e um guia local. Imagens que ela própria tirou e compartilhou com a imprensa brasileira confirmam essa informação.

Mais de três horas após a queda, Juliana foi localizada pela primeira vez por meio de imagens capturadas por um drone de outros turistas. O vídeo, feito no sábado, mostra que ela sobreviveu à queda e se encontrava em uma fresta entre rochas.

A jovem apresentava dificuldades para se mover e estava sem seus óculos, o que prejudicava sua visão. Uma primeira tentativa de resgate foi frustrada porque Juliana já não estava mais no local onde havia sido filmada.

Informações divergentes e críticas da família

Há diferentes versões sobre as circunstâncias da queda, que chegam à família no Brasil de forma virtual. Funcionários do parque relataram à família que o guia teria deixado Juliana para trás quando ela manifestou cansaço para continuar a trilha. Por outro lado, os companheiros de excursão afirmaram que o guia estava próximo a ela no momento do acidente.

Em entrevista ao jornal O Globo, o guia Ali Musthofa negou ter abandonado Juliana. Ele relatou que a aconselhou a descansar e combinaram de se reencontrar em um ponto mais adiante, a cerca de três minutos de distância.

Inicialmente, a família recebeu a informação de que Juliana teria recebido água, comida e agasalho após a queda. No entanto, posteriormente, a família retratou-se, afirmando ter recebido informações falsas. Circulam também imagens adulteradas de um falso resgate, segundo Mariana, uma familiar.

A família da jovem tem criticado a falta de informações precisas por parte do governo brasileiro e aponta negligência e lentidão na operação de resgate, que é interrompida ao entardecer a cada dia.

Resposta do Itamaraty

Em nota, o Itamaraty declarou que "desde que acionada pela família da turista, a embaixada do Brasil em Jacarta mobilizou as autoridades locais, no mais alto nível, o que permitiu o envio das equipes de resgate para a área do vulcão onde ocorreu a queda, em região remota, a cerca de quatro horas de distância do centro urbano mais próximo."

Fonte: www.dw.com

Atualização:

Segundo informações do G1, Juliana foi encontrada morta. A informação foi compartilhada pela família no fim da manhã desta terça-feira (24), 4º dia de buscas.

"Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido."

Fonte: g1.globo.com

Atualização

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não pagará para trazer o corpo da brasileira Juliana Marins, 26 anos, que morreu na Indonésia. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, as despesas devem ser custeadas pela família, como determina a legislação. A posição foi criticada por deputados de oposição nas redes sociais.

Fonte: www.poder360.com.br

O jogador Alexandre Pato ofereceu ajuda para a família da jovem Juliana Marins, que morreu após cair na trilha do vulcão Rinjani, na Indonésia. O intuito do atleta é pagar o translado do corpo dela do país asiático para o Brasil.

A TV Globo confirmou a informação da oferta, mas ainda não se sabe se a família da jovem aceitou a ajuda.

Fonte: g1.globo.com

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