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| A jornada para ser astronauta pode ser mais longa que a viagem para lua. Foto: Ilustração |
Quem nunca sonhou em desbravar o espaço sideral, seja criança ou adulto? Esse desejo de aventura parece ser parte de nós. Recentemente, uma notícia reacendeu a chama da curiosidade: uma mineira afirmou ao Tilt UOL ter sido selecionada para uma missão espacial da empresa Titã Space, prevista para 2029. Horas depois, porém, a NASA desmentiu a informação, afirmando que a jovem não tinha o treinamento necessário nem qualquer vínculo com a missão.
Mas e o nosso sonho de flutuar na gravidade zero? Para entrar em um ônibus espacial, é preciso ter graduação em áreas como matemática, engenharia, medicina ou biologia. Contudo, o Brasil não possui um programa espacial próprio. Por isso, para um brasileiro se tornar astronauta, é essencial ser selecionado por uma agência estrangeira, como a NASA (EUA), ESA (Europa), JAXA (Japão) ou Roscosmos (Rússia). Embora essas agências tendam a priorizar seus próprios cidadãos, a naturalização ou acordos internacionais podem abrir portas. O ex-ministro e atual senador Marcos Pontes é um exemplo disso: ele, como relata a revista Galileu, realizou o sonho de infância de muitos em 2006, através de uma colaboração entre Brasil e Rússia, com destino à Estação Espacial Internacional.
Agora que entendemos os trâmites legais, vamos aos requisitos práticos para a NASA, em Cabo Canaveral. Para ingressar como astronauta, você precisa ter pelo menos um mestrado em disciplinas técnicas de STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática) ou estar cursando um doutorado nessas áreas. Cursos como Enfermagem, Tecnologia Aplicada ou Ciências Sociais, por exemplo, não atendem aos critérios exigidos pela agência espacial. Se sua formação se encaixa nessas últimas, bem, como diria a famosa frase: "Houston, temos um problema!".
Requisitos para ser o próximo "Neil Armstrong"
Para ser um astronauta, é preciso ir além da formação acadêmica e cumprir uma série de requisitos específicos. Segundo informações como as divulgadas pelo jornal Tribuna de Minas, você precisará demonstrar:
- Experiência profissional relevante: É exigido um mínimo de dois anos de experiência progressiva em uma área técnica ou acadêmica. Para quem busca as cadeiras de piloto, são necessárias pelo menos 1.000 horas de voo como comandante, com destaque para 850 horas em jatos de alto desempenho. Testadores de voo devem ter concluído uma escola de pilotos de teste reconhecida e comprovar três anos de experiência técnica relacionada.
- Habilidades essenciais: Além da experiência, certas habilidades são cruciais. É fundamental ter fluência em idiomas estrangeiros e conhecimento em pilotagem de aeronaves. Habilidades como técnicas de mergulho e técnicas de sobrevivência também são valorizadas. Um histórico militar ou experiência na área é frequentemente visto como um diferencial positivo.
- Robustez física e psicológica: Os candidatos devem possuir excelente saúde física e demonstrar estabilidade emocional e psicológica. A capacidade de suportar ambientes extremos e confinamento prolongado é rigorosamente testada, dada a natureza desafiadora das missões espaciais.
- Treinamento prático intensivo: Uma vez selecionado, o candidato passará por um treinamento prático obrigatório e exaustivo. Isso inclui simulações em microgravidade, operação de equipamentos espaciais, adaptação ao confinamento e às rotinas da vida no espaço, além de treinamento para situações críticas e emergenciais.
- Validação de diplomas internacionais: Boas notícias para quem estudou fora: formações acadêmicas obtidas em outros países são aceitas, desde que sua equivalência oficial ao currículo exigido seja devidamente comprovada.